Beato Angelico: Mais do que um pintor, um homem santo.

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                  Beato Angelico, Fra Angelico ou Guido di Pietro da Mugello, todos esses são nomes para uma mesma pessoa, que à gerações surpreende tanto por sua qualidade técnica, quanto pela profunda devoção que inspirava suas obras.
Nada se sabe sobre seus pais ou sobre sua infância. Sua história começa então aos vinte anos, quando ingressou em um convento dominicano de Fiesole.
Sua vocação artística foi tardia. O “Retábulo dos Linaioli”, a primeira de suas obras assinadas, é de 1433. A partir daquele momento, sua habilidade já havia se tornado surpreendente, a beleza e a santidade de sua vida granjearam-lhe o codinome de Fra Angelico (ou irmão Angelico).
O papa Eugênio V, chama-o à Roma, para pintar os afrescos da capela do Santíssimo Sacramento, hoje destruídos, porém em sua primeira viagem a Roma, Fra Angelico fez mais do que pintar.
Lá conhece o francês Jean Fouquet, cujo estilo era parecido. Estudou obras de outros artistas minuciosamente, como as pinturas na capela Brancacci. Supõe-se até que estudou com Lorenzo Mônaco, um cultivador do estilo gótico internacional.
Fra Angelico é um filho da Idade Média espiritualmente, porém suas obras podem ser consideradas de um pintor da primeira renascença. Esse artista que o povo denominou Beato, sem que a igreja ratificasse o título, buscou em suas obras prolongar o ideal religioso dos séculos anteriores, já abalado pelo aparecimento dos primeiros humanistas.
Fra Angelico, adotando as novas formas da renascença em seus afrescos e nos painéis, desenvolve um estilo único, caracterizado por cores suaves, claras, formas elegantes e composições muito contrabalançadas.
Usava a luz com uma intenção nada naturalista, mas sim estética expressa através de um uso inteligente das cores. Tinha o gosto delicado do gótico internacional, enriquecido com o interesse da perspectiva da época. Insiste mais na linha do que a cor nas figuras humanas.
Por seu tratamento à natureza, pela sua incorporação da arquitetura, ele é inequivocamente renascentista.
Tentava expressar o sentimento interior das pessoas, o amargo e a alegria numa sintonia de cores vivas saindo do padrão medieval. Seus temas mais freqüentes e característicos são: A virgem com o menino, o coroação da virgem e a anunciação.
(O juízo Final, Galeria nacional em Roma. Uma das obras mais famosas de Beato Fra Angelico. À direita podemos observar os condenados ao inferno e a esquerda os santos e as pessoas salvas.)
Nas suas representações do paraíso, pinta com dedicação e amor, enche as obras de flores e ervas dos pardos por onde caminham os escolhidos.
Entre as principais obras já pintadas do artista, pode-se destacar: “Retábulo de Madona”, “Coroação da Virgem Cercada Por Anjos Músicos”, “Cristo Cercado De Anjos, Patriarcas e Mártires”, “Anunciação” e “O Juízo Final”.
Turma: BM2PP. Lucas Amaral, Victor Vasques, Matheus Clamon e Giovana Brito.
 

Michelangelo, a obra da perfeição.

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Turma BM2PP. Bruno Luiz Fornazari, Mariane Sanefuji, Renan Bellacosa, Rhaissa Helen Bueno e Victor Vasques.

“A figura já está na pedra, trata-se de arrancá-la para fora.”

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“A figura já está na pedra, trata-se de arrancá-la para fora.”
            Michelangelo

Ele veio para fazer diferença. Michelangelo trabalhava incansavelmente em suas obras que, podia demorar anos para ficar pronta, porém, extasiava a todos com a beleza e a riqueza de detalhes de sua obra. Apaixonado pela anatomia humana trabalhou detalhes de maneira inigualável. Entremos então, no final da Idade Média e começo do Renascimento.
Texto por Amanda Melo, Tatiana Lobo, Samara Taveira e Maria Bethânia.
Ele veio do renascimento para nos enaltecer com pequenos detalhes e grandes efeitos. Michelangelo de certo foi um dos grandes nomes da era renascentista sendo elogiado por altas influências como Botticelli, Leonardo da Vinci dentre outros.
Movido pelos sentimentos mais complicados desde pequeno, Michelangelo sofreu com a rejeição do pai e irmãos a sua arte (na época, a arte não era uma profissão adequada e que gerasse lucro). Estranho escutar esse tipo de frase, visto que tantas pessoas podiam compreender que havia muito mais do que apenas pinturas e esculturas feitas, mas sim um sentimento todo que banha suas obras.
Nada convencido esnobava de seus colegas menos talentosos na escola de escultura (Lourenço de Médici) onde, depois de aborrecer e satirizar o trabalho de Torrigiano dei Torrigiani, levou um golpe no nariz, o que deixou o mesmo deformado por toda sua vida. O irônico desta história é que Michelangelo sempre presou corpos atléticos, ricos em detalhes e perfeitos, uma imagem um tanto retorcida de sua própria realidade.

E com muita sensibilidade ele reproduziu várias esculturas. Temos que considerar que o tempo para que estas ficassem prontas eram muito, chegando a mais de anos. A Virgem na escada foi o primeiro trabalho de Michelangelo aos 15 anos de idade em 1492. Depois desse temos esculturas como “A Batalha dos Centauros (1494)”, “Baco (de 1496 a 1498), “O Crucifixo do Santo Espírito (foi autenticada em 1963, porém data de 1492-1494)” e “David, conhecida como o gigante de Florença, que durou três anos para ser construída ficando pronta em 1504”.

O mais importante de se compreender é que ele se diferencia pelo seu potencial em ver as coisas pelo seu ângulo e transformá-las em trabalhos que transbordam sentimento e nos faz sentir como se tivéssemos presenciando o fato. Michelangelo era um homem muito infeliz e triste em sua vida e o que parece é que ele transforma esses sentimentos no oposto quando se trata de arte e, com isso, consegue fazer muito mais do que esculturas: faz a arte da reflexão; o poder de seduzir as pessoas a ponto de pararem e analisar o porquê de tantos detalhes, detalhes esses que têm o poder de nos fornecer cada vez mais informações sobre sua obra tão rica de sentimento e magia.

Sua paixão pelo físico humano perfeito (herdado dos gregos), seu jeito de enxergar a obra, nos faz enaltecer e sentir um pouco, do muito que foi a brilhante era do renascimento e a influência que este causou para a época.

Robert Campin, o primeiro grande pintor de Flandres.

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Nascido em 1375, Robert Campin foi um grande pintor flamengo da época.
Mesmo influenciado pelos pintores famosos da Iluminura, Robert conseguia manter um estilo fantástico e único.
Acredita-se que tenha nascido e morrido em Tournai, na Bélgica, mas estudou em Dijon.
Ele passou a relatar nas suas obras de arte uma visão de mundo extremamente realista, muito mais realista que a de qualquer outro pintor que veio antes dele, sendo por isso considerado o fundador da escola holandesa do Pré-Renascimento.
Nos seus trabalhos, a qualidade decorativa do gótico internacional abre caminho para um detalhe e naturalismo aplicado a cenas religiosas com figuras de grande força e intensidade dramática volumétrica.
Historiadores da arte sempre tentaram encontrar a origem na Renascença Setentrional em um único artista. Por muito tempo, acreditou-se ser ele Jan van Eyck, pois foi Jan quem se desviou das convenções da arte gótica. Contudo, estudos revelaram que um artista chamado Mestre de Flemalle poderia ter precedido Jan. A partir de documentos que revelaram os nomes de seus mais ilustres alunos (Jacques Daret e Rogier van der Weyden), chegou-se a Campin.
Entre suas obras, uma das mais observáveis é a Retábulo de Mérode, que de tão bem trabalhada, quem a vê, tem a sensação de estar olhando através da tela, em três dimensões.

Exposição reúne obras da escola de Siena

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Estará aberta ao público na próxima segunda- feira (03 /10) a exposição sobre o artista mais importante da consagrada escola Sienesa: Duccio di Buoninsegna.
         O artista mais influente de Siena no século XIII teve influência na formação do estilo chamado Gótico Internacional e nas obras dos irmãos Ambrogio e Pietro Lorenzetti.
         A homenagem terá a réplica de sua primeira obra documentada, nomeada de Madonna Ruccellai (1285), um painel pintado sobre madeira, feito para a igreja de Santa Maria Novella, em Florença. Os visitantes ao caminharem pelos corredores do evento encontrarão partes pelo chão e paredes de sua obra-prima, a Maestà (1308-1311) feita em retábulo para o altar da catedral de Siena.
Como o artista passou a vida na Itália (nasceu e morreu em Siena), o lugar será caracterizado de forma que em todos os ambientes terão fotografias de tamanho real de paisagens, das cidades em que Duccio deixou muitas outras pinturas famosas, que estão espalhadas por vários museus pelo mundo, especialmente da Europa, em cidades como Berne, Turim, Budapeste, Londres, Bologna, Perúgia e a própria Siena. As mais reconhecidas foram Madonna e a criança (1295-1305), Crevole Madonna (1283-1284), Rucellai Madonna (1285), Madonna de Franciscanos (1300), entre outras tantas pinturas sobre Nossa Senhora.
Devido a sua principal característica relacionada ao surgimento da ilusão de profundidade nas obras, o evento contará com efeitos de profundidade em determinadas salas. Imperdível a junção da arte renascentista com os efeitos modernos em um só lugar.
O evento acontecerá do dia 03 /10 até o último domingo do mês (30/10). De segunda à sexta das 9h às 19h e aos sábados e domingos das 10h às 17h, no Pavilhão da Bienal. A entrada é gratuita e de classificação livre.
Endereço: Parque Ibirapuera - Portão 03 (Av. Pedro Álvares Cabral)
Telefone: (11) 5576 7640
AM2PP - Giovana Ornelas, Guilherme Almeida, Vanessa Canoso.

Hieronymus Bosch: Um dos mais importantes artistas holandeses de todos os tempos

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Pintor holandês nascido em Hertogenbosh em 1450 e faleceu em Agosto de 1516. Sua obra insólita, original e brilhante retrata a vulnerabilidade do homem diante das tentaçoes, idéia dominante na Idade Média. Hieronymus Bosch, pseudônimo de Jerome van Aeken.
            A conologia de sua vida é doficultada pela falta de registros. Seu nome aparece em documentos da Confraria de Nossa Senhora, de dua cidade natal, para a qual executa trabalhos de 1486 até o ano de sua morte. Das 35 a 40 telas atribuídas a Bosch, apenas sete são assinadas e nenhuma é datada.
            A não existência de documentos comprovativos de o pintos ter trabalhado fora de Hertogenbosh levam a que se pense que Bosh tenha vivido sempre na sua cidade natal. Aí se terá iniciado nas lides da pintura na oficina do pai (ou de um tio), que tabém era pintor.
            Foi especulado, ainda que sem provas concretas, que o pintor terá pertencido a uma (das muitas) seitas que na época se dedicavam às ciências ocultas. Aí teria adquirido inúmeros conhecimentos sobre os sonhos e a alquimia, tendo-se dedicado profundamente a esta última. Por essa razão, Bosch teria sido perseguido pela Inquisição. Sua obra também sofreu a influência dos rumores do Apocalipse, que surgiram perto do ano de 1500.
            Existem registros de que em 1504 Filipe o Belo da Borgonha encomendou a Bosch um altar que deveria representar o Juízo final, o Céu e o Inferno. A obra, atualmente perdida (sem unanimidade julga-se que um fragmento da obra corresponde a um painel em Munique), valeu ao pintor o reconhecimento e várias encomendas posteriores. Os primeiros críticos de Bosch conhecidos foram os espanhóis Filipe de Guevara e Pedro de Sigüenza. Por outro lado, a grande abundância de pinturas de Bosch na Espanha é explicada pelo fato de Filipe II de Espanha ter colecionado avidamente as obras do pintor.
            Bosch é considerado o primeiro artista fantástico.
Obras;
            Atualmente apenas se conservam cerca de 40 originais seus, dispersos na sua maioria por museus da Europa e Estados Unidos. Dentre estes, a coleção do Museu do Prado de Madri é considerada a melhor para estudar a sua obra, visto abrigar a maioria daquelas que são consideradas pelos críticos como as melhores obras do pintor.
            As obras de Bosch demonstram que foi um observador minucioso bem como um refinado desenhista e colorista. O pintor utilizou estes dotes para criar uma série de composições fantásticas e diabólicas onde são apresentados, com um tom satírico e moralizante, os vícios, os pecados e os temores de ordem religiosa que afligiam o homem medieval. Exemplos destas obras são:
·         O Carro de Feno - (Museu do Prado, Madrid)
·         O Jardim das Delícias - (Museu do Prado, Madrid)
·         O Juízo Final - (Akademie der Bildenden Künste, Viena)
·         As Tentações de Santo Antão - (Obra principal no Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa e suposto estudo da obra no Museu de Arte de São Paulo - MASP, São Paulo, Brasil)
·         Os Sete Pecados Mortais - (Museu do Prado, Madrid)
·         Navio dos Loucos ou A Nau dos Insensatos - (Museu do Louvre, Paris)
            A par destas obras, que imediatamente se associam ao pintor, há que referir que mais de metade das obras de Bosch abordam temas mais tradicionais como vidas de santos e cenas do nascimento, paixão e morte de Cristo.
            O original tríptico As Tentações de Santo Antão está incorporado no Museu Nacional de Arte Antiga a partir do antigo Palácio Real das Necessidades. Desconhecem-se as circunstâncias da chegada da obra a Portugal, não sendo certo que tenha feito parte da coleção do humanista Damião de Góis, como algumas vezes é referido.
 A tentação de Santo Antão
O jardim das delicias
AM2PP - Gabriela Mirtes, Pedro Luis, Sarah Taveira, Stephanie Die.

Dürer, Albrecht Dürer, o Revolucionário alemão artístico!

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Biografia
Albrecht Dürer nasceu a 21 de Maio de 1471, em Nuremberg, na Alemanha. Em 1486, foi chamado para ser aprendiz de um famoso artista da época, Michael Wohlgemut. Dürer aprendeu muito com ele, principalmente, a esculpir peças em madeira, os chamados "woodcuts".
Em 1472, Dürer começa a trabalhar no atelier  de Martin Schonganer. Mais tarde, em Estrasburgo, dá início a ilustrações para várias publicações como, uma das quais, o livro "O Navio dos Loucos" de Sebastian Brant. Em 1494, regressa a Nuremberg, casa Agnes Frey e, pouco depois, parte para Itália.
Quando retorna para Nuremberg, em 1495, produz, durante os dez anos seguintes, uma série de trabalhos que estabeleceram firmemente o seu nome: “woodcuts", o "Apocalipse" (1498), as esculturas "Large Fortune"( 1501-1502) e "Fall of Man"(1504). Esses demonstram a utilização de uma técnica aperfeiçoada, um conhecimento profundo das proporções humanas e uma notável capacidade para incorporar os detalhes da natureza.
Em 1507 estabelece-se de vez em Nuremberg, passando a visitar ocasionalmente a Itália e outros países da Europa. É neste ano, de grande produtividade, que pinta “ Adão e Eva “.O pintor se destaca pelos seus trabalhos  contemporâneos em madeira, retratos, peças de altar, esculturas. Em 1520, esse contraiu a febre da malária, mesmo assim, esse realiza seus dois últimos trabalhos que foram grandes painéis: “ Os Quatro Apóstolos”, originalmente apresentados como um presente á cidade de Nuremberg.
Por fim, em 6 de Abril de 1528, esse excelente artista do período renascentista falece em Nuremberg.

Perspectiva Focada
Apesar das deficiências do sistema da Perspectiva Focada, os artistas da época utilizavam essa técnica, devido a uma considerável melhoria em relação aos sistemas até então conhecidos. O mais importante  foi o fato de este sistema ser inteiramente matemático. Para as pessoas já impressionadas com a importância da Matemática na compreensão da natureza, o alcançar de um sistema inteiramente matemático de perspectiva agradou-lhes de tal modo que ficaram "cegos" em face de todas as suas deficiências.
Conseqüentemente, a pintura moderna separou-se da descrição exata da natureza e o sistema de perspectiva focada, que é ainda hoje, utilizado nas escolas de arte e aplicado sempre, consegue alcançar um efeito realista da obra.

O artista e as Matemáticas

Dürer foi  autor de diversos livros de geometria e perspectiva, nomeadamente um tratado em quatro volumes intitulado Underweysung der Messung mit der Zirckel uñ Rchtscheyt. Esse fabuloso artista era considerado pelos seus livros, como o primeiro documento literário onde problemas estritamente representacionais recebem tratamento estritamente científico.        
AM2PP - Isabelle Avilar, Natalia Cardoso e Nathalia Barros.
 
Kenza, desenvolvido por Newwpthemes. Adaptado por Thiago Fialho